domingo, 29 de novembro de 2009

CASCATAS, CALDEIRAS E CAVALARIÇAS!

Hoje fizemos uma vistia de estudo ecológica, para variar. Depois de termos derrapado todos na estrada da RG, assim que nos cruzámos com o ppl do NC, entre os quais um individuo não identificado que largava espuma por todo o lado da estrada (parcia um bombeiro voador, lol), seguimos em direcção a ambientes menos poluentes!





Cruzámo-nos com os DHs a ensaiar a descida da Lagoa do Fogo, e continuámos a subir até às caldeiras. Depois o Ricardo serviu-nos de guia e ficámos a saber, por ex. que esta ilha consome 50% de energias renováveis (geotermica e hidroeléctrica) - e eu que pensava que não passava dos 3 ou 4 %!! É bom saber que os Açores são a Região mais avançada na Europa, neste aspecto. A tecnologia israelita que montou as caldeiras é do melhor que há.





A vista também não ficou nada atrás. Mas o que valeu bem a pena foi a descida até ao salto do cabrito, num trilho variado e versátil, com lama de enterrar um tractor, com terra solta e gravilha que surgia de repente do nada quando seguiamos a velocidades arrepiantes, para não falar de regueiras que surgiam de forma subtil a seguir a curvas, uma delas pregou uma partida ao Davide quando tentava saltar como um cabrito, lol. Mas nada que não se pudesse aguentear.




E depois, claro, a cascata.




Uma pausa prá fotografia, pró Sergio pensar que a malta não pedala nada de jeito!




E mais outra pra ele ficar convencido!





Este local é fascinante...




Depois seguimos caminho para a Associação Equestre onde tivemos o prazer de apreciar a beleza de um magnifico cavalo que já era meu conhecido, de trato muito fino e generoso, nem sequer se chateou por lhe termos interrompido o almoço. Aliás, a recepção que tivemos, foi muito calorosa, e o tratador deu-se ao trabalho de o escovar só para a fotografia!
Ainda há gente simpática e prestável. Aliás, quem trabalha com estes animais não pode ser outra coisa nem consegue enganar ninguém! E o resultado está à vista: são estas obras de arte vivas que demoram anos a ser trabalhadas, com um rigor e uma perseverança que poucas pessoas conhecem!

Melhor do que isto, só mesmo o plano de treinos do Sérgio, lol, lol...
Divirtam-se!

sábado, 28 de novembro de 2009

O REGRESSO DOS GUERREIROS

"Eles andem aí"! Bem escondidinhos, mas hoje foram embuscados!
Alguns já estavam na lista dos «desaparecidos em combate», mas regressaram todos ao campo de batalha mais famoso de S. Miguel para matar saudades!

Grandes batalhas já se travaram neste terreno e é sempre bom regressar à guerra em boa companhia.



O NC estava representado em peso, alguns infiltrados, e um até veio do Faial de propósito para batalhar tendo mostrado uma excelente prestação num terreno que se encontrava em boas condições para treinar, com alguma lama mas pouco escorregadio.

Ainda demos uma vista de olhos no novo trilho que os gajos do DH abriram, mas ninguém estava com vontade de se suicidar!
Amanhã há mais.
Bons treinos.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

NORDESTE 4 EVER

Deixei as fotos no Varandas mas o pessoal não as viu, tirando o Luis.

Perdi o texto que tinha feito na altura, por isso, elas falam por si, sem comentários, porque uma imagem vale mais do que mil palavras.

Boas pedaladas.

































segunda-feira, 23 de novembro de 2009

7Cidades Again!

O tempo não estava grande coisa para fotografias mas o regresso às 7cidades é sempre reconfortante. Desta vez ficámos lá por cima com a promessa de regressar em breve lá pra baixo nas lagoas.


Foi mais um Domingo bem passado a fazer uns kmstritos onde se pedalou muito e falou mais, com o tema de conversa a centrar-se na Karpex, a bicicleta mais competitiva do mundo, e o treino de intervalos do Levy com a ajuda dos cães de fila - dava pra fazer um tratado!
O métedo é simples: prego a fundo até perdermos os gajos de vista.
O Ludo ficou a partir pedra nos lençois enquanto a malta foi rasgar no cascalho prás cumeeiras.



Um furo, deu pra descansar um pouco porque o tempo era curto e nem deu para tirar umas fotos à maneira.
Portem-se mal durante a semana!


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

SIMPLY THE BEST


Quem baptizou este trilho com este nome sabia do que estava a falar. Ultrapassou todas as expectativas!



O tempo estavas bom, algum vento e chuviscos. Saímos em direcção à lagoa seca e subimos para o Pico da Areia, também conhecido pelo Pico da Vigia. Um trilho muito interessante onde se entrecruzam vários trilhos, sempre a subir, envolvido por árvores e matagal que é coisa cada vez mais rara para os lados da PD.

No pico da vigia encontra-se uma torre em madeira e logo o pessoal aproveitou para saborear a magnifica vista que proporciona e se alcança ao longo de 360º.
Para além de nós só havia caçadores que por ali andavam e tirando o som do vento não se ouvia mais nada por aquelas bandas...

....aliás....

...tirando, claro, a algazarra de alguns malucos que resolveram brincar às casinhas!




Os cromos do dia...

A vista para o mar não era menos exuberante!

Via-se perfeitamente a Lagoa Seca onde se esconde o monstro adormecido que espirrou pela última vez em 1630 derramando morte e devastação nas "redondezas" e despejou cinzas por todo o lado sem poupar sequer as Flores e o Corvo!



Seguimos em direcção ao mar até chegarmos junto da falésia. O André aproveitou para pôr à prova os seus Fast trek ultra-competition, modelo careca, na lama antes de iniciarmos a descida.



Também aqui a paisagem era excelente, sobre a Ribeira Quente. Via-se perfeitamente a onda a bater no molhe da R Q do lado da Praia do Fogo, que os surfistas consideram muito boa, apesar de ser curta.
Mais à frente via-se a pedra da Lobeira, um local onde já se fizeram caçadas e pescarias históricas. Um sítio com correntes capazes de vergar qualquer barbatana. Infelizmente hoje pouco mais resta do que peixe pedra e uns peixitos de tamanho de aquário, é impressionante como o fundo marinho de S. Miguel cada ano que passa assemelha-se cada vez mais com as fotos tiradas pela Apollo 11! Os gajos da fotosub 2009 - S. Miguel que o digam, aliás, como foi badalado na comunicação social...


Finalmente, iniciámos a descida do trilho. Um trilho rápido, sempre a descer, feito numa bicicleta rápida que pedia cada vez mais velocidade. Um trilho bem definido mas com partes bem estreitas, sempre com obstáculos, irregularidades, degraus, escadas, escadinhas, pedras, pedrinhas e calhaus, lombas rápidas, curvas largas e estreitas, e ganchos de arrepiar que guardam surpresas logo do outro lado sem avisar e sempre a inclinar! Do lado direito apresenta-se a parede que faz a encosta enquanto que do lado esquerdo apresenta-se a falésia por vezes a pique, cuja vegetação esconde uma parede que pode mandar-se para uns 100 metros só da "primeira manga".
Este trilho tem a virtualidade de reunir três coisas: é um trilho extremamente rápido e perde a piada se abrandarmos a velocidade porque dá gosto em fazê-lo bem depressa, n é como a descida da batalha ou da gorreana, é um trilho que se saboreia a cada instante e não apenas no seu todo; segundo: é um trilho que apresenta constantemente obstáculos, irregularidades, desníveis e sinuosidades seguidas e em catadupa, que obriga a uma atenção redobrada com os olhos bem esbugalhados para não escapar nada, especilmente se aliármos este factor à velocidade; finalmente é um trilho bastante ciclável apesar dos obstáculos constante e permanentes. Anda-se durante bué de tempo sem desmontar. É claro que se acaba por desmontar, mas não é aquele pára-arranca característico de trilhos muito técnicos.
Chega-se a andar centenas de metros sem parar que parecem uma eternidade tendo em conta os obstáculos que se ultrapassam, aquilo parece que não tem fim! São cerca de 2 a 3 kms a descer, para aí. O facto de não conhecer o trilho obrigou-me a desmontar em sítios que até podia fazer na bike, mas não arrisquei porque ali só se tem uma saída: pela falésia abaixo! Mas há sortudos que dominam uma técnica invejável e só pararam por 3 vezes ao longo do trilho todo, com é o caso do André.




O trilho começa por ser bastante rápido, com rectas longas e curvas mais largas. Mas logo depressa passa a inclinar cada vez mais com rectas cada vez mais curtas e curvas cada vez mais apertadas chegando-se a uma altura que aquilo é quase curva e contra-curva! Sempre a descer e cada vez mais a inclinar. É quando começam as escadas, escadarias e calhaus no meio do trilho em sítios tão estreitos em que as rodas só podem passar à queima sob pena de se garantir uma queda certa. E o que porvoca a maior adrenalose no meio disto tudo é as coisas acontecerem tão depressa que muitas vezes tomamos a decisão por instinto, ou seja, atiramo-nos a um lanço de escada sem sabermos como acaba simplesmente porque não tivemos tempo de olhar para o fundo! Outras vezes tomei a decisão instintivamente de apear, pela mesma razão e só depois de parar é que vi que até se fazia. Outras vezes também não! Às páginas tantas estamos no meio de uma zona de pedragulhos bastante complicada onde batia com o peito no selim enquanto pensava: largo, não largo!

Mas onde relamete me assustei foi numa descida seguida de uma rampa curta bastante elevada que obrigou a pedalar com toda a força para embalar bem por forma a não parara a meio da rampa que levava necessariamente ao desequilibrio para trás e até para o lado da falésia. Assim que cheguei ao cimo, todo largado, o trilho afunda com uma escadaria tão inclinada que mais parecia um escadote! Foi travões a fundo e pés no chão para ajudar a parar. Mesmo assim fiquei com a roda da frente pendurada, vá lá, safei-me desta até porque a seguir ao "escadote" não havia quase espaço nenhum e o trilho curvava em gancho para a direita, era tira e queda pela falésia abaixo!
Mas o Beleza apanhou um susto maior que o meu, não conseguiu segurar a bici e ficou pendurado com a roda para o lado da falésia. Quando chegou ao pé de mim ainda estava a bufar!


Finalmete optámos por não fazer o trilho da Ponta Garça por contingências de tempo e decidimos fazer a descida do Agrião que também é bastante interessante.

Um trilho já conhecido que merece sempre ser visitado mas não espicaçou tanto como o outro.

Uma última vista de olhos no mapa para ninguém se perder!



Um paraquedista rebuscado, depois de ter sido dado como "perdido em combate" na subida, mas foi falso alarme...
Na descida mandei um escorreganço na lama com a roda da frente, uma coisa que parecia ser perfeitamente simples, mas acabou por me pôr a perna esquerda completamente ko ao embater com a coxa na ponta do guidor, até vi estrelas e a minha descida terminou ali.

Depois foi subir com a perna direita com a ajuda do André e do David que me rebocaram na parte mais inclinada. Foi um final de passeio a encerrar com um treino técnico para arredondar a pedalada da perna direita, lol! Acho que vou mesmo mandar vir um daqueles pratos ovais que vi na feira de Santarém, um gajo nunca sabe o que pode esperar!


Finalmente, chegados às Furnas, no meio de tanta bica o André levou-nos a uma fonte com uma água especial de corrida que eu nunca tinha reparado nem bebido mas que ele diz que aparece nos postais de S. Miguel. Não sei se é boa para atletas mas o nome promete e a avaliar pelo sabor a picante que aquilo manda, é bem provável que acabem com uma valente diarreia.. E depois estes gajitos ainda falam mal dos meus chás!